Figura 1. Órgãos genitais internos femininos
- Vulva
- Clitóris
- Entrada da vagina
- Pequenos lábios
- Grandes lábios.
Funções dos órgãos supracitados:
- Permitir a entrada do esperma na vagina;
- Protecção dos órgãos genitais internos da entrada de agentes infecciosos.
Normalmente, estes agentes infecciosos transmitem-se durante o acto sexual.
Órgãos genitais internos:
- Ovários - Responsáveis pela libertação dos óvulos
- Trompas de Falópio - (Ovidutos), onde tem lugar a fertilização do óvulo.
- Útero - O revestimento interior do corpo do útero designa-se por endométrio, composto por células e por um grande número de vasos sanguíneos, onde o embrião se converte em feto . Na ausência de gravidez, durante a menstruação, o endométrio solta-se e causa uma hemorragia, voltando-se depois a formar durante o ciclo menstrual seguinte.
- Canal cervical - (Vagina), permite o nascimento de um bebé completamente desenvolvido.
- Colo do útero - Permite a entrada do esperma no útero e a saída da secreção menstrual. Por outro lado, segrega um muco espesso que, fora dos períodos de ovulação e menstruação, impede a entrada do esperma e, em consequência, a fecundação. Este muco, além disso, constitui uma boa barreira contra a entrada de agentes infecciosos para o interior do sistema reprodutivo.
Na altura da ovulação (altura em que os ovários libertam um óvulo), o muco torna-se menos espesso e, havendo entrada de esperma, tem também a função de manter o esperma vivo durante 2 ou 3 dias, aumentando o intervalo de tempo durante o qual é possível engravidar.
Trompas de Falópio são uns canais finos e compridos (6 a 9 cm), depois da ovulação, o óvulo é impulsionado ao longo das trompas de Falópio, e é nestas que pode ocorrer a fecundação. Caso seja fecundado, a célula daí resultante começa imediatamente a dividir-se; ao longo de quatro dias, o embrião vai continuar a dividir-se e prosseguir o seu caminho na direcção do útero, em cuja parede se vai fixar. Ao processo de adesão e fixação do embrião na parede uterina chamamos implantação ou nidação.
Oócitos femininos - (células ovulares em desenvolvimento, ou seja, células que depois vão dar origem aos óvulos) começam a desenvolver-se no feto e, aquando do nascimento, a mulher conta já com milhões destas células. O seu número reduz-se durante a puberdade e, após a menopausa, não resta nenhum. Depois do nascimento não se formam mais oócitos.
Hormonas
O controlo da produção destas hormonas dá-se por um processo de feedback (sinónimo de retroacção ou retroalimentação) negativo: o aumento da quantidade de hormonas sexuais (que viajam no sangue) exerce um efeito inibidor da libertação das hormonas LH e FSH na hipófise. Desta forma, o seu nível decresce – consequentemente, a concentração das hormonas sexuais cuja produção era estimulada por elas, decresce também. Quando se reduz o nível de hormonas sexuais, a hipófise é estimulada para aumentar a produção de LH e FSH.
Figura 2. Esquema de retroacção negativa no controlo das hormonas sexuais.
Existe ainda um outro sistema de controlo hormonal, o feedback positivo, que pode ser encontrado, por exemplo durante o parto (hormona oxitocina). Enquanto que o sistema de retroacção negativa visa manter as concentrações das hormonas dentro de um determinado intervalo, criando um equilíbrio, o sistema de retroacção ou feedback positivo visa o oposto. Os mecanismos de retroacção positiva controlam acontecimentos que não requerem um ajuste contínuo. Neste, o estímulo original, em vez de ser contrariado, é reforçado. Um exemplo que nos permite compreender melhor este sistema é o da secreção da hormona oxitocina durante o parto. Esta hormona estimula e reforça as contracções. À medida que a criança se desloca para a vagina, a pressão que exerce envia mensagens para o cérebro (através de receptores de pressão); o cérebro produz a hormona e envia-a, através da corrente sanguínea, para o útero. Aqui, a oxitocina estimula os músculos para que se possam contrair ainda mais. Quando o estímulo sobre a vagina termina (ou seja, quando a criança nasce), a produção de oxitocina pára.
O ciclo ovárico é regulado pela complexa interacção das hormonas luteinizante e foliculoestimulante com as hormonas sexuais ováricas, estrogénio e progesterona.
O ciclo ovárico começa com a fase folicular. Os baixos níveis de estrogénio e de progesterona no início desta fase fazem com que o revestimento uterino (endométrio) degenere e se desprenda na menstruação,
Um aumento nos níveis de hormona luteinizante e foliculoestimulante assinala o início da fase ovulatória. A libertação do óvulo (ovulação) ocorre normalmente entre 16 e 32 horas depois do aumento no nível hormonal. O nível de estrogénio chega ao seu ponto máximo e o nível de progesterona começa a subir.
Durante a fase luteínica, os níveis de hormona luteinizante e de hormona foliculoestimulante descem. O folículo rebentado fecha-se depois de soltar o óvulo e forma o corpo amarelo (ou lúteo), que segrega progesterona. A progesterona e o estrogénio provocam o espessamento do endométrio. Se o óvulo não for fertilizado, o corpo lúteo degenera e deixa de produzir progesterona, o nível de estrogénio desce e começa um novo ciclo menstrual.
1º dia do ciclo »»» endométrio bem desenvolvido, espesso e vascularizado degenera menstruação
Hipófise aumenta a produção de FSH, que atinge a concentração máxima por volta do 7º dia do ciclo.
Amadurecimento dos folículos ovarianos
Secreção de estrogénio pelo folículo em desenvolvimento
Concentração alta de estrogénio inibe secreção de FSH e estimula a secreção de LH pela hipófise / concentração alta de estrogénio estimula o crescimento do endométrio.
concentração alta de LH estimula a ovulação (por volta do 14º dia de um ciclo de 28 dias)
alta taxa de LH estimula a formação do corpo lúteo ou amarelo no folículo ovariano
corpo lúteo inicia a produção de progesterona
estimula as glândulas do endométrio a secretarem seus produtos
aumento da progesterona inibe produção de LH e FSH
corpo lúteo regride e reduz concentração de progesterona
menstruação